Projeções da IARC mostram que a menos que medidas preventivas sejam tomadas e implementadas prontamente,
o surto de câncer do colo do útero vai elevar o número de mortes para 460 mil por ano em 2040,
um aumento de 50% em relação a 2018. Esse aumento também será maior, proporcionalmente, nos países de baixa e média renda.
“Rumores infundados acerca da vacina contra o HPV continuam atrasando ou impedindo o incremento da vacinação,
que é uma necessidade urgente para prevenir o câncer do colo do útero”, disse a diretora da IARC, a brasileira
Elisabete Weiderpass.”Para marcar o Dia Mundial do Câncer, a IARC reitera seu comprometimento na luta contra a
doença e confirma a eficácia e a segurança da vacina contra o HPV.”
A posição da IARC endossa as recomendações do Conselho Estratégico de Especialistas da OMS e o Comitê Global
de Segurança da Vacinação, um comitê independente que presta consultoria científica à Organização.
A Agência também contribui com diversas áreas de pesquisa da Iniciativa Global para Eliminação do Câncer do
Colo do Útero da OMS, que pretende fazer com que o câncer do colo do útero deixe de ser um problema de
saúde pública nas próximas décadas.
Fonte:
https://www.inca.gov.br/noticias/vacinacao-contra-o-hpv-e-segura-efetiva-e-necessaria-para-eliminar-cancer-do-colo-do-utero
Prevenção:
A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e o público-alvo é:
- Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
- Pessoas vivendo com HIV na faixa etária de 9 a 26 anos;
- Pessoas transplantadas.
Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.
Exame preventivo contra o HPV:
O papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras
do câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo
do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar
a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer de colo do
útero e suas lesões precursoras.
Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir
100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolaou regularmente.
Preservativo:
O uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma
de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a
infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela
camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre
também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
** A Rede Feminina de Joinville não realiza a vacinação contra o HPV.
Estas informações têm fins estritamente educativos. Assim, apresenta-se de forma genérica, sem a intenção
de suprir diagnóstico e acompanhamento médico, resultantes de consultas e exames clínicos.